Palestina


 

Mar da Galiza, autoria do pintor galego Arturo Lema.


Não são donos sequer da sombra

Que no chão projetam ao passar.

 

Tudo ou quase tudo lhes foi tirado

A terra, os ribeiros, as ovelhas dispersas pela terra

Os títulos de posse das pequenas quintas.

 

Tudo ou quase tudo

Menos o futuro amarrotado num bolso

Menos a esperança, menos o olhar.

 

                            José do Carmo Francisco 


Biografia José do Carmo Francisco

Nasceu a 13 de fevereiro de 1951 em Santa Catarina (Caldas da Rainha).

José do Carmo Francisco é juiz, jornalista e poeta.

Frequentou o Instituto Comercial de Lisboa e o Instituto Britânico.

È juiz social no Tribunal de menores desde 1993 .

Como jornalista, colabora na RDP-Açores desde 2002 e é redator da Revista “Ler”.

Estreou-se no “Diário Popular” em 1978 e na “A Bola” no ano seguinte.

Colabora no mensário “Voz de Alcobaça” com a coluna “O lugar do poema” e no semanário “Gazeta das Caldas” com a rubrica semanal “Um livro por semana” e a coluna quinzenal “Estrada de Macadame”

Organizou duas antologias para o sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas: “O Trabalho-antalogia poética” e “O Desporto na Poesia Portuguesa”.

É co-autor do livro Glória e vida de três gigantes sobre o Sporting, o Benfica e o F.. C. Porto, editado em 1995 por  “ A Bola”.

É autor dos seguintes livros: 

Iniciais (1981), Universário (1982), Transporte Sentimental (1987), Jogos Olímpicos (1988), 1983 – Um resumo (1991), Leme de luz (1993), Mesa dos Extravagantes (1997), As emboscadas do esquecimento (1999), De súbito (2001), Os guarda-redes morrem ao Domingo (2002), O Saco do Adeus (2003), Pedro Barbosa, Jesus Correia, Vítor Damas e outros retratos (2005) e Mansões Abandonadas (2007).

Iniciais venceu em 1980 o Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores atribuído por um júri constituído por Armando Silva Carvalho, Fernando J.B. Martinho e Pedro Támen.
Escreveu prefácios para livros dos seguintes autores: Fernando de Azevedo, Joaquim António Emídio, Luís Filipe Maçarico, João Moutinho, Ruy Ventura, Joaquim Pessoa, Maria Eugénia Neto, Levi Condinho, Fátima Murta e Belmira Alves Besuga.
A sua obra está referida no «Dicionário de literatura» de Jacinto do Prado Coelho da Editora Figueirinhas.


Biografia do artista Arturo Lema





1874- Filho de pai incógnito e de Henriqueta Lema, nasce em La Coruña, Espanha.

1916-Chega ao Fundão e instala-se no Hotel Amaral.

1917-Convivência com as elites culturais da terra e com o poeta e escritor Adolfo Portela. É responsável por todos os cenários das distintas peças apresentadas no Teatro Casino Fundanense, inaugurado nesse ano.

1918-Inicia o programa da decoração mural da “Casa do Castelo”,uma das mais originais obras arquitetónicas do início do século XX, propriedade de José Trigueiros Martel. As paredes do palacete são pintadas com cenas que representam figuras e factos da história de Portugal, numa reinterpretação das criações plásticas dos pintores Roque Gameiro e Alberto de Sousa, presentes na obra Quadros da História de Portugal editada no ano de 1917.

1927/28-Realiza a pintura dos caixotões do altar-mor da Igreja Matriz do Fundão. O conjunto pictórico foi completado com 3 pinturas de grande formato colocadas no arco-cruzeiro, representando cenas da vida de Cristo.

1929- É responsável pelo projeto do imponente Pavilhão de Castelo Branco, apresentado no IV Congresso Beirão, que teve lugarnessa cidade. O seu trabalho é referenciado na imprensa nacional.

Anos 40/50- Projeta um conjunto de edifícios públicos e privados. Continua a desenvolver cenografias para peças de teatro levadas a cabo por associações culturais e recreativas.

1946- Executa uma pintura de grande dimensão com o rosto de Amália Rodrigues para um espetáculo da artista que ficou perpetuado na memória popular.

Anos 50- Continua a desenvolver projetos arquitetónicos. É contratado pela Câmara Municipal do Fundão para pintar números de polícia da localidade. No telhado do edifício dos Paços do Concelho pinta a indicação “Fundão 14”, referência à distância entre o Fundão e a Covilhã, para orientação de meios aéreos.

1956-Falece na vila do Fundão no dia 31 de janeiro.





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